sábado, 18 de dezembro de 2010

Consequências do acúmulo de AGEs



Definition of Advanced Glycation Endproducts (AGEs) and the consequences of AGE accumulation.

http://www.youtube.com/watch?v=MiP-39ClpK4

AGEs e doenças crônicas



Effects of Advanced Glycation Endproducts (AGEs). AGEs play a key role in the development of chronic age related diseases such as diabetes, renal failure, atherosclerosis and Alzheimer's disease. In particular AGEs are involved in the development of the cardiovascular complications of diabetes and renal failure.

http://www.youtube.com/watch?v=Rdv00BwuQuA

Formação de AGEs através da oxidação e da glicação de proteínas



Formation of Advanced Glycation Endproducts (AGEs) through two distinctive pathways: the Maillard reaction/glycation and the oxidative pathway.

http://www.youtube.com/watch?v=faDgYVHcOGM

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

44- Reação de Maillard Interface entre o Envelhecimento, Nutrição e Metabolismo

Reação de Maillard

Interface entre o Envelhecimento, Nutrição e Metabolismo
Sinopse
Em setembro de 2009, foi realizada uma reunião em Palm Cove, Austrália, que reuniu especialistas mundiais na reação de Maillard ou "escurecimento". Essa reação faz com que o escurecimento dos alimentos quando são aquecidos e caramelo, chocolate e cerveja, essa reação é apetitoso, contribuindo para sabor, aroma e textura. Mas quando esses produtos se acumulam no organismo, este mesmo processo contribui para a doença e ao envelhecimento.
O livro é o processo da referida reunião, realizada em resposta a um crescente reconhecimento do papel de compostos carbonílicos reativos jogar em tecnologia de alimentos, nutrição e envelhecimento dos tecidos em biologia e medicina. Carbonilas reativas agora afetam todos os aspectos da biologia alimentar, ciência e medicina. Os esforços para neutralizar os danos causados por estes produtos estão a ganhar aceitação como base para novas abordagens terapêuticas, e os campos de tecnologia de alimentos, envelhecimento e medicina preventiva estão experimentando um aumento do interesse em estratégias para minimizar os efeitos indesejáveis da reação de Maillard. A reunião também promoveu uma abordagem equilibrada para o entendimento de ambas as propriedades vantajosas e deletérios de compostos carbonílicos e seus produtos finais na tecnologia de alimentos, ciências e medicina. O público principal deste livro é a grande quantidade de cientistas e indústrias em todo o mundo com um interesse na reação de Maillard nos alimentos e da biologia e da medicina, tanto com pesquisadores de ciências básicas e aplicadas e representantes da indústria de diversas áreas, que têm interesses em:
* Química da Reação de Maillard
* Biologia ea reação de Maillard
* Enzimologia Receptores e transdução de sinais
* Bioinformática e Biologia de Sistemas
* Fisiologia da doença, e Terapêutica
* Ciência Alimentar e Nutrição ea reação de Maillard
Informação sobre o autor
Thomas Christopher Merlin está no coração do IDI Baker e Diabetes Institute, em Melbourne, na Austrália.

Forbes Josephine está no coração do IDI Baker e do Instituto de Diabetes, em Melbourne, na Austrália.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

39- Resumo de trabalhos sobre glicotoxinas na jornada de Geriatria e Gerontologia


ISSN 2179-0272
II Jornada Alagoana de Geriatria e Gerontologia, Maceió/AL, Novembro de 2010.
ASSOCIAÇÃO ENTRE GLICOTOXINAS DIETÉTICAS, ARTRITE REUMATÓIDE E ENVELHECIMENTO
Da Silva RCC, De Melo AS, Amaral MMLS, Silva EBO
INTRODUÇÃO: No envelhecimento mudanças orgânicas dependem do dano oxidativo, glicação não-enzimática, mutações mitocondriais, defeitos no ciclo de controle celular, desregulação celular e instabilidade genômica. Mediado-res inflamatórios como IL-1, TNF-α, IL-6, IL-8, RANTES e MMP-3 são respon-sáveis por doenças no envelhecimento, como a artrite reumatóide. A artrite reumatóide é a mais frequente doença inflamatória crônica sistêmica. Carac-teriza-se por sinovite crônica, simétrica e erosiva principalmente nas articula-ções periféricas, com etiologia auto-imune. Representa alto custo anual, sen-do a principal causa de incapacidade física e apresentando consequências na capacidade funcional e qualidade de vida. Glicotoxinas, denominados AGEs, são compostos heterogêneos pró-oxidantes e pró-inflamatórios, formados por interações aminocarbonílicas, sendo reconhecidos por receptores de AGEs celulares (RAGE), responsáveis por estimular NFkB, ROS e RAGE e a produ-ção de IL-1, TNF-α, IL-6, IL-8. Sua formação pode ser endógena e exógena, cuja principal fonte deste é a dieta. Fritar, assar e grelhar aceleram a forma-ção de AGEs, comparados ao cozimento em solução aquosa ou a vapor. A absorção de AGEs dietéticos varia entre 10 a 80% e uma refeição rica em AGEs aumenta seu pool endógeno. O AGE pentosidina, mostrou-se aumen-tado no plasma e fluido sinovial em pacientes com artrite reumatóide, cujos níveis correlacionam-se com a atividade da doença e marcadores do estresse oxidativo. Reduzidos níveis de RAGE encontram-se na artrite reumatóide, refletindo a hiperatividade ligante-RAGE na inflamação. Sua sinalização resul-ta da geração de ROS e citocinas pró-inflamatórias como TNF-α, sendo o estresse oxidativo local e sistêmico dirigido por seu estímulo na artrite reuma-tóide. OBJETIVOS: investigar a relação entre AGEs e artrite reumatóide no envelhecimento. MÉTODOS: Revisão de literatura nas bases de dados Perió-dicos CAPES, PubMed e ScienceDirect. Palavras-chave: ageing, rheumatoid arthritis e glycation. RESULTADOS: A glicação correlaciona-se ao envelhe-cimento, deteriorando estrutural e funcionalmente as proteínas teciduais. A ingestão crônica de AGEs aumenta estresse oxidativo e inflamação envolvi-dos na artrite reumatóide. Em animais uma redução de 50% de AGEs dietéti-cos associou-se a redução do estresse oxidativo e aumento da expectativa de vida. CONCLUSÃO: Deve-se estimular o consumo de alimentos com reduzi-do conteúdo de AGEs associados a anti-glicantes dietéticos na prevenção da artrite reumatóide e um envelhecimento saudável.
DESCRITORES: envelhecimento; artrite reumatóide; produtos de glicação avançada.

ISSN 2179-0272
II Jornada Alagoana de Geriatria e Gerontologia, Maceió/AL, Novembro de 2010.
EFEITO DE GLICOTOXINAS DIETÉTICAS DURANTE O ENVELHE-CIMENTO
Da Silva RCC, Lira DGD
INTRODUÇÃO: O envelhecimento é o conjunto de fenômenos que alteram gradualmente as funções das células, tecidos e órgãos, ocorrendo mudanças orgânicas que dependem do dano oxidativo, glicação não-enzimática, muta-ções mitocondriais, defeitos no ciclo de controle celular, desregulação celular, instabilidade genômica, alterações na síntese de proteínas e outras patologi-as cromossomais. A glicação é uma interação aminocarbonílica não-enzimática que resulta na formação de glicotoxinas dietéticas/AGEs – advanced glycation endproducts, com propriedades pró-oxidantes e pró-inflamatórias, endógena e exogenamente, sendo a principal fonte deste, a dieta. AGEs afetam propriedades bioquímicas e físicas de estruturas biológicas como componentes da matriz extracelular como fibronectina, laminina, elastina e colágeno, uma proteína de vida longa, formando ligações cruzadas com estas durante o envelhecimento natural. As alterações incluem carga, hidrofobicidade, turnover e elasticidade do colágeno, além de propriedades pró-inflamatórias, permeabilidade e adesão celular da matriz extracelular. O acúmulo de AGEs altera a estrutura e as propriedades biomecânicas da pele como rigidez e elasticidade, promove mudanças nas propriedades do colágeno e a geração de ROS. A absorção dietética de AGEs varia entre 60-80% e contribui para seu pool endógeno. O envelhecimento é acompanhado por um progressivo aumento dos AGEs em proteínas de turnover lento. Ligações cruzadas de proteínas de longa-vida mediadas por AGEs contribuem para o declínio da função celular e de tecidos. OBJETIVOS: Descrever a atuação de glicotoxinas dietéticas durante o processo de envelhecimento. MÉTODOS: Revisão de literatura na base de dados Periódicos CAPES; palavras-chave ageing, glycation, AGEs. RESUL-TADOS: AGEs são deletérios por seu papel em processos celulares e eventos de sinalização, especialmente na resposta ao estresse oxidativo, promovendo danos associados a oxidação de açúcares e produtos de Amadori, na formação de ROS e indução de processo inflamatório pela liberação de citocinas, além de estresse oxidativo através da ligação com RAGE, ocorrendo possivelmente através da via de sinalização oxidativa ou internalização de AGEs. CONCLUSÃO: Deve-se enfatizar a promoção da saúde em idosos e estimular o consumo de alimentos com reduzido conteúdo de AGEs associados a antioxidantes/anti-glicantes dietéticos, a fim de limitar o dano oxidativo e inflamatório tecidual no envelhecimento, melhorando a qualidade de vida e retardando a progressão de doenças.
DESCRITORES: envelhecimento, gerontologia, produtos de glicação avançada.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

34- AGEs e câncer

Jun-Ichi Takino,1 Sho-Ichi Yamagishi,2 and Masayoshi Takeuchi1 Cancer Malignancy Is Enhanced by Glyceraldehyde-Derived Advanced Glycation End-Products. Journal of Oncology. Volume 2010 (2010), Article ID 739852, 8 pages.


O receptor dos produtos finais de glicação avançada (RAGE) está associado com a malignidade do câncer. Um estudo recente sugeriu que os AGEs derivados do gliceraldeído-3-fosfato (gliceraldeido-AGEs) reforçou a malignidade de células de melanoma, mas AGEs derivados da glicose não. No entanto, os efeitos do gliceraldeido-AGEs em outras células cancerosas continuam a ser mal entendidos e os mecanismos moleculares por trás do efeito acima mencionado não foram esclarecidos. O presente trabalho teve por objetivo analisar o efeito do gliceraldeido-AGEs em células pulmonares A549 cultivadas relacionadas ao câncer. O RAGE foi expresso em células A549. Gliceraldeido-AGEs atenuou significativamente a proliferação celular. Além disso, o gliceraldeido-AGEs aumentou a capacidade de migração das células, ativando Rac1 via ROS e também aumentou sua capacidade de invasão. Foi  demonstrado que o gliceraldeido-AGEs aumentou a migração e invasão de células A549, em vez de sua proliferação. Estes resultados sugerem que o gliceraldeido-AGEs desempenham um papel crítico na malignidade do câncer ao invés de sua proliferação e são potenciais alvos de intervenção terapêutica.

33- AGE RAGE Pulmão

Stephen T. Buckley and Carsten Ehrhardt. The Receptor for Advanced Glycation End Products (RAGE) and the Lung.Journal of Biomedicine and Biotechnology. Volume 2010 (2010), Article ID 917108, 11 pages

O receptor para produtos de glicação avançada (RAGE) é um membro da superfamília das imunoglobulinas de moléculas de superfície celular. Como um receptor de reconhecimento de padrões capazes de se ligar uma grande variedade de ligantes, que normalmente é expresso em níveis baixos em condições fisiológicas normais na maioria dos tecidos. Em contrapartida, o pulmão apresenta alto nível de expressão basal do RAGE, localizados principalmente em pneumócitos tipo I (ATI) de células, sugerindo um papel potencialmente importante para o receptor na manutenção da homeostase do pulmão. Na verdade, o rompimento dos níveis de RAGE tem sido implicado na patogênese de uma variedade de doenças pulmonares, incluindo câncer e fibrose. Além disso, suas isoformas solúveis, Srage, que atuam como receptores de engodo, têm-se mostrado um marcador útil da ATI lesão celular. Embora RAGE, sem dúvida, desempenha um papel importante na biologia do pulmão, continua por esclarecer quanto à natureza exata dessa contribuição tanto em condições fisiológicas e patológicas.

32- AGEs em bebidas

CUIDADO: Refrigerantes à base de COLA e bebidas adoçadas com ASPARTAME contém altos teores de AGEs. 

Metilglioxal, um forte agente glicante, também está presente em muitos bebidas, tais como, chá, café, coca-cola light e molho de soja têm um teor de AGEs alto.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

31-Contribuição para o pool endógeno de AGEs ou Produtos de glicação avançada


O Pool endógeno pode ser constituído de AGEs dietéticos vindos da reação de Maillard ou da reação de oxidação de substratos (carboidratos, proteínas, lipídios) com o grupamento amina de aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos.
Os AGEs são formados dentro das células pelo metilglioxal vindo dos gliceraldeido-3-fosfato durante a via glicolítica (glicólise).
Os antioxidantes e os antiglicantes dietéticos desempenham papel importante, assim como receptores, tais como, o sRAGE, limpadores, além dos mecanismos de detoxificação enzimática como as glioxalases.  

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

30-Estresse carbonílico






Como pode ser observado os AGEs produzem espécies reativas de oxigênio (ROS), que favorece a instalação do estresse oxidativo.
O estresse oxidativo favorece a oxidação de substrato e a formação de espécies reativas de carbonilas, que por sua vez reagem com o grupamento amina de aminoácidos de uma proteína formando novos AGEs. Instala-se ai o estresse carbonílico.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

29- Resumo das atividades durante o Congresso Acadêmico 2010 sobre AGEs



Título dos banner sobre AGEs na FANUT/UFAL, durante o Congresso Acadêmico.


28- Absorção dos produtos finais de glicação avançada (AGEs) dietéticos na contribuição do pool endógeno.

27- Contribuição dos AGEs dietéticos no desenvolvimento da aterosclerose e atuação de anti-glicantes naturais.


Resumos dos mesmos no link abaixo e nos itens 27 e 28 deste blog.


Universidade Federal de Alagoas - UFAL
Núcleo de Tecnologia da Informação - NTI
Congresso Acadêmico UFAL 2010
Mini-curso AGEs

Local: Auditório do CSAU/UFAL, de 8 às 11 h, dia 20 de outubro de 2010

Tópicos desenvolvidos pelos palestrantes: Luci Tojal e Seara, Júnia Helena Porto Barbosa, Suzana Lima de Oliveira,  Maria Inez de Oliveira Tenório  e Glaucevane Guedes.

Pool endógeno de AGEs e doenças crônicas- conceito, formação no organismo humano e nos alimentos, absorção, atuação no organismo e repercussão nas doenças crônicas. 

Repercussão dos AGEs dietéticos no pool endógeno de AGEs

 

Relação entre AGEs e o estresse oxidativo na Nutrição Clínica.

 

Produção de pesquisas sobre AGEs no âmbito da FANUT/UFAL

 

AGEs e a atenção dietética.

28- Absorção dos produtos finais de glicação avançada (AGEs) dietéticos na contribuição do pool endógeno

Resumo do trabalho do Congresso Acadêmico 2010, FANUT/UFAL:
Título:
Absorção dos produtos finais de glicação avançada (AGEs) dietéticos na contribuição do pool endógeno.
Introdução


A interferência dos AGEs dietéticos presentes nos alimentos na fisiologia humana foi ignorada por muito tempo, devido à suposição de que sua absorção intestinal seria negligenciável. Constituindo um grupo heterogêneo de substâncias, produzidas por glicação e oxidação in vivo e in vitro, os AGEs são resultantes da reação não enzimática de compostos dicarbonilos, vindos do estresse oxidativo, da reação de Maillard e do metabolismo (glicólise), com a amina de aminoácidos, proteínas ou ácidos nucléicos, formados no meio intra e extracelulares do organismo humano e nos adutos de glicação dietéticos. O foco das pesquisas sobre AGEs tem sido dirigida aos seus efeitos in vivo, onde eles estão associados com o envelhecimento e as doenças crônicas, tais como, Alzheimer, Aterosclerose e as complicações do diabetes. Os AGEs provocam ligações cruzadas com as proteínas, principalmente de meia vida longa, modificando suas funções e provocando a formação de mediadores inflamatórios através do seu acoplamento ao receptor (RAGE). O pool endógeno reflete o balanço cinético correspondente entre a formação endógena, ingestão dietética, excreção e eliminação através de sistemas especializados. Logo, faz-se necessário, analisar a influência da alimentação na contribuição do pool endógeno de AGEs.

Metodologia

A revisão de literatura foi realizada em artigos científicos, publicados nos últimos quinze anos, nos Bancos de Dados Medline, PUBMed, Periódicos CAPES, ScienceDirect e SciELO. As palavras-chave selecionadas para a pesquisa incluíram advanced glycation endproducts, Maillard reaction, glycoxidation, glycotoxins, absorption, adducts glycation. Foram utilizados artigos de revisão, ensaios clínicos (estudos de coorte e caso-controle) e experimentais, que trataram dos mecanismos de formação e ação de AGEs, considerando, ainda, os AGEs potencialmente presentes na alimentação e sua repercussão para o desenvolvimento e complicações das doenças crônicas.

Resultados

A absorção de AGEs tem sido estimada entre 10 e 30%, mas a pirralina e a pentosidina são bem absorvidas. As informações disponíveis referem-se a alguns AGEs mensuráveis; supõem-se a existência de um número maior de AGEs, devido à sua permanente recombinação. A real quantidade absorvida pode ultrapassar os valores obtidos. Atravessam a parede intestinal como aminoácidos glicados ou adutos de glicação livres, peptideos de rearranjo de Amadori (pré-AGEs); o transporte através do epitélio intestinal é baixo e ocorre através de simples difusão; degradados a partir da proteólise extracelular ou por células scavengers, como os macrófagos teciduais, excretados rapidamente em função renal normal. A partir da geração de radicais livres, da formação de ligações cruzadas com proteínas da matriz extracelular ou de interações com receptores celulares específicos (RAGE), os AGEs provocam estresse oxidativo, alterações morfofuncionais e aumento da expressão de mediadores inflamatórios. Correlações positivas foram registradas entre a dieta ocidental e marcadores inflamatórios plasmáticos de proteína C-reativa, TNF-a, IL-6, E-selectina, ICAM-1. A dieta é considerada, atualmente, importante fonte exógena de AGEs, na contribuição do pool endógeno no organismo.

Conclusões

Os AGEs dietéticos são absorvidos como aminoácidos glicados, adutos de glicação livres e peptideos de rearranjo de Amadori, que se somam aos produzidos no organismo, contribuindo na formação do pool endógeno, influenciando os níveis plasmáticos de marcadores inflamatórios e estresse oxidativo. Recomenda-se o consumo de alimentos antioxidantes e evitar dietas com alto teor em gorduras, alimentos aquecidos a temperaturas elevadas (acima de 120°C) e/ou expostos a oxidação por longo tempo.

Palavras chave: Produtos de glicação avançada, Absorção de produtos de Amadori, Pool endógeno de AGEs


APRESENTADOR - LUCILENE VIANA DOS SA NTOS
AUTOR - CARLOS EDUARDO DA SILVA PACHÊCO
AUTOR - PATRÍCIA DE MENEZES MARINHO
ORIENTADORA - Profª LUCI TOJAL E SEARA

Universidade Federal de Algoas - UFAL
Núcleo de Tecnologia da Informação - NTI
Congresso Acadêmico UFAL 2010

27- Contribuição dos AGEs dietéticos no desenvolvimento da aterosclerose e atuação de anti-glicantes naturais

Resumo do trabalho do Congresso Acadêmico 2010, FANUT/UFAL:
Título:

Contribuição dos AGEs dietéticos no desenvolvimento da aterosclerose e atuação de anti-glicantes naturais
Introdução

As glicotoxinas/AGEs, do inglês advanced glycation end products são formados no organismo e no alimento, principal fonte exógena. Sua absorção da dieta constitui polêmica no meio científico atual, com valores iguais e/ou maiores que 10% de absorção. Quando na circulação, os AGEs glicam proteínas da parede vascular e do sangue, promovem a geração de espécies reativas de oxigênio/estresse oxidativo e a resposta inflamatória, eventos dependentes ou não de RAGE – receptor para AGEs. Estimulando a disfunção endotelial e a aterosclerose, de acordo com a cronicidade desse processo, facilitando o agravamento de eventos cardiovasculares como o infarto agudo do miocárdio.
Considerando a associação entre AGEs e diversos processos patológicos, anti-glicantes naturais surgem para minimizar sua formação e consequente acúmulo e atuação no organismo, fornecendo potencial preventivo e terapêutico para doenças crônicas e suas complicações. Anti-glicantes naturais incluem substâncias naturalmente presentes em alimentos, nutrientes ou não, e extratos herbais. Atuam inibindo a formação e progressão dos produtos de Amadori a AGEs, reduzindo o estresse oxidativo, ligando-se e detoxificando intermediários dicarbonílicos.

Metodologia

A revisão de literatura foi realizada com base em periódicos nacionais e internacionais, nas Bases de Dados Medline, PUBMed, Periódicos CAPES, ScienceDirect e SciELO. As palavras-chave selecionadas para a pesquisa incluíram chronical diseases, atherosclerosis, cardiovascular disease, advanced glycation endproducts, glycation, glycoxidation, glycotoxins, anti-glycation e herbal extracts agrupadas de maneiras diversas para otimizar a busca. Foram considerados estudos publicados nas línguas inglesa, espanhola, francesa e portuguesa, compreendendo artigos de revisão, ensaios clínicos (estudos de coorte e caso-controle) e experimentais, que trataram dos mecanismos de formação e ação de AGEs, sua repercussão para o desenvolvimento de DCNTs e particularmente doenças cardiovasculares como a aterosclerose, e as perspectivas de terapias anti-glicantes naturais através de extratos herbais, antioxidantes e alimentos funcionais.

Resultados

Os estudos consultados mostram fortes evidências de associação entre o pool endógeno de AGEs e a disfunção endotelial, sugerindo-o como fator causal para a instalação de doenças como a aterosclerose e apresentando seus possíveis mecanismos fisiopatólogicos. Além disso, as evidências conduzem para estratégias anti-glicantes através de substâncias presentes em alimentos que são capazes de minimizar os efeitos deletérios dos AGEs sobre o organismo, tornando-se uma estratégia adjuvante para prevenção e tratamento de inúmeras doenças, incluindo as doenças cardiovasculares e suas complicações.

Conclusões

Assim, estratégias que diminuem o efeito deletério dos AGEs sobre a saúde humana, tais como redução da ingestão de AGEs dietéticos e aumento do consumo de antioxidantes e/ou anti-glicantes precisam ser consideradas para aumentar os benefícios da terapias nutricionais relativas a doenças crônicas associadas ao estresse oxidativo e a inflamação tais como a aterosclerose e suas complicações.


AUTOR -ROSE CAROLINNE CORREIA DA SILVA
APRESENTADOR - ELISA BATISTA OLIVEIRA E SILVA
ORIENTADORA - Profª LUCI TOJAL E SEARA


Palavras chave : glycation, anti-glycation, atherosclerosis

Universidade Federal de Algoas - UFAL
Núcleo de Tecnologia da Informação - NTI
Congresso Acadêmico UFAL 2010



domingo, 26 de setembro de 2010

26- Origem e significado de "stress carbonílico" a longo prazo, complicações urêmicas



Rotas para a formação e desintoxicação de compostos carbonílicos e produtos finais do estresse carbonílico.

O nível de estresse oxidativo é descrito como o equilíbrio entre a taxa global de formação de espécies reativas de oxigênio (K1 x [O2]) e a taxa de sua inativação por defesas antioxidantes (k2 x [O2] *).

O oxigênio pode reagir diretamente com a proteína (k3 x [O2] *x [proteína]) para formar as proteínas oxidadas que contêm carbonilas protéicas, hidroperóxidos de aminoácidos, ortho-tirosina, sulfóxido de metionina e outras modificações oxidativas de aminoácidos.

Espécies reativas de oxigênio também reagem com substratos: carboidratos redutores, ácidos graxos poliinsaturados, ou aminoácidos (K4 x [O2]* x [substrato]) para produção de compostos dicarbonílicos reativos.

Compostos dicarbonílicos reativos também são formados por reações não-enzimática (K5:, por exemplo, 3 deoxiglucosona) e pelo metabolismo anaeróbico (K6:, por exemplo, metilglioxal).

Compostos dicarbonílicos reativos podem então ser detoxificado (K7 x [reativa compostos carbonílicos]) por uma variedade de vias metabólicas, incluindo desidrogenases, redutases, e a via da Glioxalase.

Por outro lado, compostos carbonílicos reativos irão reagir secundariamente com proteínas (K8 x [compostos carbonílicos reativos] x [proteína]) para formar proteínas modificadas pelos produtos finais do estresse carbonílico.

A concentração, de estáveis proteínas oxidadas e dos produtos finais do estresse carbonílico modificados por proteínas, depende do equilíbrio entre as suas taxas de formação (K3 e K8) e degradação (K9 e K10) em tecidos.

O aumento dos compostos carbonílicos reativos e dos produtos finais do estresse carbonílico modificados por proteínas em diabetes pode ser atribuído ao aumento da glicemia ([Substrato]) em constante [O2]* ou aumento das taxas de formação não-oxidativa de compostos carbonílicos reativos (K5 + K6).

O aumento de compostos reativos carbonílicos em uremia e o conseqüente aumento dos produtos finais de proteínas modificadas do estresse carbonílico parecem resultar de um aumento na sua produção (K4 + K5 + K6) e / ou uma diminuição na sua detoxificação (K7).

MIYATA T, STRIHOU CVY, Kurokawa K, BAYNES WJ. Alterations in nonenzymatic biochemistry in uremia: Origin and significance of "carbonyl stress" in long-term uremic complications. Kidney International. 1999; 55: 389–399.


O estresse carbonílico é um importante mecanismo de deterioração do tecido em diversas condições patológicas, como diabetes, aterosclerose, doença de Alzheimer e envelhecimento geral (Baynes e Thorpe, 2000; Ulrich e Cerami, 2001; Wondrak et al., 2002).

sábado, 25 de setembro de 2010

25-

A incubação de proteínas com glicose leva à glicação não-enzimática e formação de produtos de Amadori conhecidos como produtos iniciais da glicação. 
A clivagem oxidativa de produtos de Amadori é considerada uma importante rota de formação, in vivo, para produtos finais da glicação avançada (AGEs). 
A glicação não enzimática de proteínas ou reação de Maillard está aumentada no diabetes mellitus, devido à hiperglicemia e leva a diversas complicações, como cegueira, doença cardíaca, neuropatia e insuficiência renal.  Os produtos de glicação avançada também estão associados a outras doenças como o câncer. 
AGEs- biomarcadores de diagnóstico para as doenças associadas e as complicações com o objetivo de um novo alvo terapêutico para as doenças.

24-

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

23- Envelhecimento e doenças crônicas

O envelhecimento pode ser definido como o comprometimento progressivo de órgãos normais, tecidos e funções celulares. Descrição seminal de Strehler de envelhecimento normal indicam que este processo é universal em todos os organismos e ocorrem defeitos acumulados à medida que envelhecemos. 
A resposta ao envelhecimento também é inevitável, levando a diminuição da viabilidade de um organismo. As ligações entre o envelhecimento fisiológico normal e doença degenerativas relacionadas à idade são óbvias e há associações entre a capacidade para envelhecimento de células em resposta ao estresse e suscetibilidade a doenças degenerativas. 
Como a nossa população se inclina para a maior longevidade, doenças do envelhecimento estão se tornando cada vez mais prevalente, tendo implicações profundas na morbidade e qualidade de vida do idoso.
A interface entre o envelhecimento normal e doenças relacionadas a idade é geralmente bem retratada aos olhos  humanos. Praticamente todos os tecidos do mundo são afetadas pelo processo de envelhecimento com um exemplo clássico, sendo o relacionado com a idade da opacidade do cristalino que sustenta cirurgia de catarata  como procedimento mais comum operatório realizado atualmente no Reino Unido o National Health Service (NHS) (http:/ / www.institute.nhs.uk). Embora muitos tecidos do olho são afetados pelo envelhecimento, pode-se argumentar que a retina é extremamente sensível a doenças relacionadas com a idade.
AGEs e envelhecimento. O envelhecimento está associado com um aumento de modificação de grupos amino livres das proteínas, lipídios e DNA. Uma importante fonte para essas modificações é a reação de glicação não enzimática por grupos aldeídos de açúcares formando dicarbonilas. A chamada reação de Maillard é um processo natural e, como conseqüência quase todas as proteínas do corpo carregam algum "peso" da quimica ligada a carboidratos, a acumulação de AGE é marcadamente acelerada no diabetes; e da natureza química dos adutos formados pode ser um pouco diferente no envelhecimento.
A reação começa com a formação de uma base de Schiff entre a glicose e var epsilonamino-grupos (por exemplo, lisina e arginina) que lentamente reorganiza a adutos de Amadori  relativamente estáveis. O mais conhecido produto de Amadori é uma alteração da hemoglobina (HbA1c), que é usado clinicamente como um indicador para a exposição cumulativa a glicose elevada no sangue, no contexto do diabetes. A base de Schiff e os compostos de Amadori podem sofrer oxidação adicional e à desidratação e suas concentrações em última análise, dependem tanto da frente e de reação reversa. As reações frente a origem e adicionais AGEs ligados  proteína. Durante o envelhecimento (especialmente diabetes), a taxa de formação de AGEs é superior que o previsto pela cinética de primeira ordem, assim, ao longo do tempo há um acúmulo significativo de AGEs em macromoléculas de longa duração. Os adutos de AGEs resultantes são irreversíveis e sua taxa de acumulação nos tecidos depende de uma série de fatores, incluindo a longevidade da proteína modificada, processos oxidativos, a disponibilidade de íons metálicos e potencial redox; formando AGEs, muitas vezes leva a pigmentação da retina e de fluorescência de proteínas e sua origem de um conjunto de moléculas precursoras contribui para a heterogeneidade dessas estruturas químicas.

Adutos AGEs 
Muitos foram identificadas in vivo , incluindo Nvar epsilon-(Carboximetil -) lisina (CML), crossline, pentosidina, imidazol furoyl-furanyl glucosepane (FFI), hydroimidazolone, 1-alquil-2-formil-3 ,4-glicosil-pirrol (AFGP), argpyrimidine, dímero lisina glioxal (GOLD), e dímero lisina metilglioxal (molde)  e muitos estão estreitamente associadas ao processo de envelhecimento.